Tivemos uma noite tranquila, diferente de nossa querida amiga Jô, que estava com muita tosse decorrente de sequelas do covid. Mas nossa guerreira não arregou não! Levantamos, nos vestimos e seguimos para o desjejum.
O hotel é surpreendente para uma pequena cidade... olha que lindo o visual na cobertura!
Mas nosso objetivo não é curtir o local... hoje nosso roteiro envolve desbravar a Serra do Itaqueri, incluindo a cuesta e o morro da 'Teta', que conseguimos ver a partir daqui.
Partimos de Charqueada umas 08h30, pela mesma rodovia que viemos ontem, só que agora no sentido inverso. Após uns 6 km, passamos em frente a rua de terra de onde viemos e seguimos pela rodovia sentido Piracicaba.
Paramos para pegar o carimbo no restaurante Tiez. Se precisar, é possível se hidratar ou comer algo por aqui.
Após alguns quilômetros, saímos da rodovia Hermínio Peltrin sobre uma ponte, para a esquerda, em direção a Paraisolândia. O trecho voltou a ser em estradas de terra margeada por cana de açúcar.
Em alguns pontos a colheita já havia começado, deixando uma sensação térmica mais intensa a nossa volta.
Paramos rapidamente em Paraisolândia apenas para carimbar nossas credenciais. Lamentavelmente aqui ainda não tem nenhum ponto para pernoite, caso contrário, teríamos dormido aqui na noite anterior.
Nesse trecho o sol e a ausência de sombras já começavam a castigar.
E, para 'ajudar', havia muita terra solta e caminhões passando. Sorte que o vento não estava a nosso favor, levando o poeirão para o lado oposto.
Apesar da sofrência, o visual da cuesta é encantador!
O trecho termina em uma rodovia que, a direita, leva até Ipeúna - Irineu Penteado. Não é necessário percorrê-la. Basta atravessar para o outro lado e seguir por uma estrada de terra, agora bem mais arborizada e fresquinha!
A cada quilômetro percorrido, íamos nos aproximando da cuesta e a vontade de parar e fazer fotos prejudicava meu rendimento.
Marcamos de encontrar uns queridos amigos aqui na pousada, próximo a Ipeúna.
Tínhamos a intenção de descansar um pouco mas, para nossa desagradável surpresa, a antiga pousada agora se tornou um centro de reabilitação. Foi constrangedor, pois não sabíamos disso. Fomos entrando e só demos conta que havia algo errado quando estávamos sendo observados por muitos homens, que nos olhavam como se há muito não vissem ninguém! Saímos depressa e logo encontramos nossos amigos. Portanto, sem parada de descanso, seguimos agora na agradável companhia de Naomi, Vasques e Gigante.
Localizada no limite dos municípios de Itirapina, Ipeúna, Charqueada e São Pedro, a Serra do Itaqueri é formada por cuestas basálticas de até 1000m de altitude! Apresenta grutas e cascatas, com nascentes de água potável e várias cachoeiras, destacando-se as de São José e Passa Cinco. Possui áreas de vegetação nativa preservadas e animais silvestres, atraindo o turismo ecológico e de observação. A área tem grande potencial para o turismo de aventura. Itaqueri significa pedra deitada em Tupi Guarani.
(Fonte http://www1.rc.unesp.br/igce/ceapla/atlasv3/serra_itaqueri.php)
Um dos pontos de parada obrigatória é apreciar a Vista da Cabeça do Índio.
Esse com certeza é um belo pedal contemplativo. A vegetação e o visual da cuesta são incríveis!
Algo bem interessante são as setas do percurso que, no momento, está muito bem sinalizado!
Na sequência algumas fotos desse lindo trecho!
Até a metade do percurso, foram poucas subidas e descidas. Da metade para frente vão ficando mais intensas, além de ficar com a vegetação mais escassa e consequentemente com poucas sombras!
Assim que surgia uma árvore, parávamos para nos proteger um pouco.
Olha o tal do morro da 'Teta' aí bem do ladinho (ou da maminha, como diz Filipe rs)
Recado: Curta bem essa descida porque depois teremos muito que subir!!
Além das subidas e do sol, tivemos outra dificuldade nesse trecho - muito areião! Subimos cada um no seu ritmo e nos reagrupamos no topo, em frente a um sítio, onde ganhamos também uma água bem fresquinha.
E passamos um bom tempo paquerando o Peru, ou fugindo dele né Ana rsrs
Após um período descansando, seguimos viagem pelas belas estradas.
Em toda viagem sempre tem aqueles tensos momentos que temos de passar entre uns 'bonzinhos' pelo caminho. Esses até que foram gente boa!
Em outro trecho, foi possível observar uma formação rochosa colorida. Não entendo muito sobre rochas mas essa realmente chama a atenção!
Quando ficava impossível de pedalar no areião, fugíamos para o pasto.
E assim seguíamos pedalando e empurrando.
Por fim, saímos numa estrada de chão batido, bem mais tranquila, e seguimos por mais uns 13 km até a fazenda Pedra Branca, onde pernoitamos.
A pousada é um encanto! Logo na entrada tem umas plaquinhas com mensagens que amei.
Enfim o momento mais aguardado por todos: Raiconemmmmm rs
Como ainda era cedo para jantar, decidimos comer uma porção de petiscos, que logo virou duas.
Enquanto uns descansavam, outros aproveitavam o tempo para fazer umas limpezas na bike enquanto curtiam o pôr do sol.
Logo fomos chamados para o grande jantar: no fogão a lenha!
Nos reunimos para degustar nossa última refeição do dia.
O dia estava maravilhoso e o céu estrelado! Os proprietários fizeram uma fogueira no quintal onde pudemos nos sentar a volta e esperar a comidinha baixar um cadinho antes de ir dormir.
Logo fomos vencidos pelo cansaço e seguimos para a caminha, após mais um maravilhoso dia de CICLOVIAGEM.
RESUMO DO DIA
47,99 km percorridos
849m Ganho de elevação | 704m Perda de elevação
06h59 Tempo pedalando
6,87 km/h Ritmo médio
R$ 15,00 petisco (média por pessoa)
R$ 25,00 Bebidas (média por pessoa)
R$ 120,00 Jantar +Pernoite (média por pessoa)
R$ 160,00 Total
Nenhum comentário:
Postar um comentário