A noite que seguiu foi bem tranquila. Pela manhã, seguimos nosso ritual de ajeitar as bagagens nas bikes (menos a Naomi que só tinha um pequeno tubete que mais parecia a cartola do gato Félix), nos vestir e forrar a pancinha. Em pouco tempo estávamos a postos no restaurante Ulisses, para o café da manhã.
Tudo pronto, seguimos para o quarto e último dia de cicloviagem.
Após sairmos de Itaqueri, percorremos aproximadamente 1 km em um trecho por estradas de terra até sairmos na Rodovia Ulisses Guimarães. Dali, seguimos a esquerda por mais uns 5 km em asfalto. Como era domingo, praticamente não havia movimento algum.
Passamos por várias placas de cachoeira nesse trecho. Jô, mais conhecida pelos íntimos por Joice, nos convidou a retornar no verão para uma caminhada ou pedalada e, quem sabe, desfrutar uma cachoeira dessas no grã finale!
A seguir, o próximo trecho localizado a direita da rodovia foi novamente margeado por cana de açúcar.
Quando parei para fazer a foto acima meu pneu rapidamente esvaziou. Como sabia que estávamos próximo a uma grande descida, fiquei aliviada que isso aconteceu aqui enquanto estava parada, caso contrário, com certeza iria cair. Filipe trocou a câmara bem rapidinho e seguimos ao encontro de nossos amigos, que nos aguardavam logo a frente.
Antes da grande descida o caminho é praticamente retinho.
Olha o recado da plaquinha!
Enfim chegamos a temida descida, que realmente é bem íngrime! Ela até me fez lembrar a Serra do Corvo Branco, nas Serras Gaúchas.
Após esse grande declive, seguimos por uns trechos lindíssimos bem arborizado.
Passamos também por umas fazendas com paisagens de tirar o fôlego.
A partir do quilômetro 22 iniciamos uma forte subida!
Fomos subindo, cada um no seu ritmo, e logo nos reagrupamos na parte mais alta do caminho.
Não fiz muitas fotos nesse trecho, porque a vegetação estava alta, impedindo as vistas bonitas. Mas, por algumas brechas, era possível avistar uma cachoeira ao fundo. Acredito que, talvez, em outra época do ano, seja possível contemplar a maravilhosa paisagem aqui de cima.
Após alguns quilômetros chegamos a uma represa chamada Jacaré-Pepira.
Nesse trecho, passamos por uma árvore coberta da flor de São João.
Jô me contou que lembra de seu pai quando a vê. Ele sempre dizia que gostaria de ser como ela. Essa vegetação está ali o ano todo, mas passa despercebida quando está sem flores. As pessoas só notam sua presença nessa época do ano, quando ela flori. Ele, assim como elas, gostaria de ser notado apenas quando estiver 'florindo', ou seja, quando fizer algo bom! Caso contrário, dizia que preferia passar despercebido. Agora, sempre que eu vê-la, também vou me lembrar disso!
Após uma pequena subida, chegamos a parte superior da represa.
Essa estradinha de terra nos levou até a Estrada do Patrimônio, do bairo que leva o mesmo nome, pertencente a cidade de Brotas. Seguimos a esquerda, rumo a Patrimônio, onde normalmente há pontos de pernoite e carimbo. Como era domingo de manhã, aparentava estar quase tudo fechado, por isso, seguimos viagem sem carimbar nossas credenciais.
O trecho a seguir foi por uma bucólica estradinha, rodeada por eucalíptos.
E logo estávamos numa maravilhosa plantação de café. Aliás, a cidade de Torrinha possui muitas plantações! Pelo que li, em alguns anos, alguns produtores ficaram entre os primeiros premiados no Concurso Estadual de Qualidade do Café de São Paulo.
Esse trecho termina na Estrada Vicinal São Pedro. Atravessamos a estrada em asfalto e paramos nessas placas para comemorar, já que daqui iniciamos uma descida que nos levou até o final desse maravilhoso caminho - Mosteiro Paraíso!
Após 1,5 km chegamos todos, em segurança, no final dessa viagem.
Nei, que mora aqui no Mosteiro, nos recepcionou de forma muito bondosa. Ele providenciou um lugar para tomarmos banho sem custo algum.
Após isso, seguimos para o restaurante que, atualmente, serve café e algumas massas que são maravilhosas! (Valor Massa R$ 38,00)
Foi um delicioso almoço com nossos queridos amigos para fechar nossa cicloviagem.
Após o almoço, Nei carimbou nossas credenciais e nos entregou o certificado de conclusão do caminho.
Segue algumas fotos do lindo mosteiro.
E assim finalizamos com sucesso mais uma maravilhosa cicloviagem ao lado de pessoas incríveis!
Ao voltar para casa, fica em nossa memória o resultado resumido de mais uma experiência única, que jamais será realizada da mesma forma e conteúdo. Fica a presença e ausência destas pessoas que admiramos, os quais colaboram conosco em nossa jornada e fazem do cicloturismo em grupo parte essencial do que, com todos os sentimentos mais profundos, chamamos de amizade. (By Therbio Felipe)
RESUMO DO DIA
45,85 km percorridos
698m Ganho de elevação | 771m Perda de elevação
04h42 Tempo pedalando
9,76 km/h Ritmo médio
R$ 56,00 Pó de café
R$ 65,33 Almoço + bebidas (média por pessoa)
R$ 75,00 Transfer volta
R$ 196,33 Total
RESUMO VALOR VIAGEM
R$ 816,33 Total
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